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Emicida

Genres: Hip-Hop

Mandume Lyrics - Emicida

Eles querem que alguém que vem de onde nós vem 

Seja mais humilde, baixa a cabeça 

Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda 

Eu quero é que eles se... 

Eles querem que alguém que vem de onde nós vem 

Seja mais humilde, baixa a cabeça 

Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda 

Eu quero é que eles se... 

 

(Nunca deu nada pra nós, caralho!) 

 

(Nunca lembrou de nós, caralho!) 

(Nunca deu nada pra nós, caralho!) 

(Nunca lembrou de nós, caralho!) 

 

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Sou Tempestade, mas entrei na mente tipo Jean Grey 

Xinguei, quem diz que mina não pode ser sensei? 

Jinguei, sim sei, desde a Santa Cruz, playboys 

Deixei em choque, tipo Racionais, "Hey Boy!" 

Tanta ofensa, luta intensa nega a minha presença 

Chega! Sou voz das nega que integra resistência 

Truta rima a conduta, surta, escuta, vai vendo 

Tempo das mulher fruta, eu vim menina veneno 

Sistema é faia, gasta, arrasta Cláudia que não raia 

Basta de Globeleza, firmeza? Mó faia! 

Rima pesada basta, eu falo memo, igual Tim Maia 

Devasta esses otário, tipo calendário Maia 

Feminismo das preta bate forte, mó treta 

Tanto que hoje cês vão sair com medo de buce... 

Drik Barbosa, não se esqueça 

 

Se os outros é de tirar chapéu, nós é de arrancar cabeça 

 

Photos 

 

Mas mano, sem identidade somos objeto da História 

Que endeusa "herói" e forja, esconde os retos na História 

Apropriação a eras, desses tá na repleto na História 

Mas nem por isso que eu defeco na escória... 

Pensa que eu num vi? 

Eu senti a herança de Sundi 

Ata, não morro incomum e 

Pra variar, herdeiro de Zumbi 

Segura o boom, fi é um e dois e três e quatro 

Não importa, já que querem eu cego eu "Tô pra ver um daqui sucumbir!" (não!) 

Pela honra vinha Man... 

Dume: Tira a mão da minha mãe! 

Farejam medo? Vão ter que ter mais faro 

Esse é o valor dos reais, "caros" 

Ao chamado do alimamo: Nkosi Sikelel', mano! 

Só sente quem teve banzo 

(Entendeu?) Eu não consigo ser mais claro! 

Olha pra onde os do gueto vão 

Pela dedução de quem quer redução 

Respeito, não vão ter por mim? 

Protagonista, ele preto sim 

Pelo gueto vim, mostrar o que difere 

 

Não é a genital ou o "macaco!" que fere 

É igual me jogar aos lobos 

Eu saio de lá vendendo colar de dente e casaco de pele 

 

Meme de negro é: me inspira aquele teu rifle 

Meme de branco é: não trarão de volta Yan, Gamba e Ringue 

Ranca meu dente no alicate, mas eu não vou ser mascote de quem azeda marmita, sou fogo no seu chicote 

Enquanto a pessoa for morte pra manter a ideia viva 

Domado eu não vivo, não quero 

Seu crime ver minha mãe jogar rosas 

Sou cravo, vive dentre os espinhos treinados 

 

Com as pragas da horta 

 

Pior que eu já morri tantas antes de você 

Me encher de bala não marca, nossa alma sorri 

Briga é resistir nesse campo de fardas 

 

(Cêloko Cachoeira!) 

 

Eles querem que alguém 

que vem de onde nós vem 

Seja mais humilde, baixa a cabeça 

 

Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda 

Eu quero é que eles se ...! 

Eles querem que alguém que vem de onde nós vem 

Seja mais humilde, baixa a cabeça 

 

Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda 

Eu quero é que eles se...! 

 

(Nunca deu nada pra nós, caralho!) 

(Nunca lembrou de nós, caralho!) 

(Nunca deu nada pra nós caralho!) 

(Nunca lembrou de nós, caralho!) 

 

Ponha meu símbolo, guarda meu manto 

Que eu vou subir como rei fez 

Cês vive da minha cicatriz 

Eu to pra ver sangrar o que eu sangrei 

Com a mente a milhão como Kunta Kinte 

Vou ser o que eu quiser 

Tá pra nascer playboy pra entender o que foi 

Ter as corrente no pé 

Falsos como Kleber Aran, os vazio abraça 

La Revolução tucana, hip-hop reaça 

Doce na boca, lança perfume na mão 

Manda o mundo se foder 

São os nóia da farinha Lima, jão 

É a Cracolândia blasé 

Jesus de polo listrada 

 

No corre, corte, degradê 

E descola o poster do 2Pac 

Que cês nunca vão ser 

Original favela, Golden Era, rua no mic 

Hoje os boy paga de 'drão, ontem nóiz tomava seus Nike 

Os vira lata de vila, os pitbull de porta, Muzzike 

Os filho de faxineira, eu passo o rodo nesses cuzão 

Ando com a morte no bolso, espinhos do meu coração 

 

As hiena tão rindo de que? 

Se o rei da savana é o leão 

 

Canta pra saldar, negô, seu rei chegou 

Sim, Alaafin de Oyo, Xangô 

Daqui de Mali pra Kwando, De Orubá ao Banto 

Não temos papa, nem na língua ou escrita sagrada 

 

Não, não na minha gestão, chapa 

Abaixa sua lança-faca, espingarda faiada 

Meia volta na placa, Europa se encosta 

Sem ideia torta no rap, eu vou na frene da tropa 

Seu eucaristia no meu cântico 

Me vêem na baia em pé dão ré no Atlântico 

Tentar nos derrubar é secular 

Hoje chegam pelas avenidas, mas já vieram pelo mar 

(Oya) 

 

Todos temos a bússola de um bom lugar 

Uns apontam pra Lisboa, eu busco Omonguá 

Se a mente daqui pra frente é inimiga 

O coração diz que não está errado, então siga! 

 

Dores em "Lupicinio", os "Cult"zinhos (o que?) 

Que ao ver o Simonal que cês não vai foder 

Grão de tipo Ron Mueck, morô muleque? Zé do Caroço 

Quer photoshop melhó que dinheiro no bolso? 

Vendo os rap vender igual Coca, fato, não, não 

 

Melhor, entre nós não tem cabeça de rato 

É Brasil, exterior, capital interior 

Vai ver nósa gargalhando com o peito cheio de rancor 

Como prever que freestyles, vários necessários 

Vão me dar a coleção de Miley Cyrus 

Misturei Marley, Cairo, Harley, Pairo, firmeza 

Tipo Mario, entrei pelo cano mas levei a princesa 

Várias diss, não sou santo, imã de inveja é banto 

Fui na Xuxa pra ver se alguém menor te escreve tanto 

To pelo adianto e essa velha entendeu 

Considere, se a miséria é foda imagina eu 

Scorcese e a tese não teme, não deve, tão breve 

As vitória do gueto, luz pra que serve? 

Na trama conhece os loro da fama 

Ok, agora olha os preto, chama! 

 

Eles querem que alguém que vem de onde nós vem 

Seja mais humilde, baixa a cabeça 

Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda 

Eu quero é que eles se fo... 

Eles querem que alguém que vem de onde nós vem 

Seja mais humilde, baixa a cabeça 

Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda 

Eu quero é que eles se fo...! 

 

(Nunca deu nada pra nós, caralho!) 

(Nunca lembrou de nós, caralho!) 

(Nunca deu nada pra nós, caralho!) 

(Nunca lembrou de nós, caralho!) 

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