Havemos De Ir A Viana
Entre sombras misteriosas
em rompendo ao longe estrelas
trocaremos nossas rosas
para depois esquec-las.
Se o meu sangue no me engana
como engana a fantasia
Havemos De Ir A Viana
meu amor de algum dia
meu amor de algum dia
Havemos De Ir A Viana
se o meu sangue no me engana
Havemos De Ir A Viana.
Partamos de flor ao peito
que o amor como o vento
quem pra perde-lhe o jeito
e morre a todo o momento.
Se o meu sangue no me engana
como engana a fantasia
Havemos De Ir A Viana
meu amor de algum dia
meu amor de algum dia
Havemos De Ir A Viana
se o meu sangue no me engana
Havemos De Ir A Viana.
Ciganos, verdes ciganos
deixai-me com esta crena
os pecados tm vinte anos
os remorsos tm oitenta.
Pedro Homem de Melo (Poeta portugus, 1904-1984)
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